quinta-feira, 19 de abril de 2007

Uma janela (Capítulo 1)

Era tarde da noite...


O trabalho havia sido cansativo demais. Nunca tivera tanta coisa para fazer em tão pouco tempo. Sua cabeça latejava, seus olhos estavam vermelhos de sono e seus ombros estavam doloridos de tanto digitar. Era um tradutor.


Trabalhar em casa tinha lá suas vantagens. Podia “ir trabalhar” de cueca se quisesse. Não ouviria seu chefe esbravejando com tudo e com todos, não teria que agüentar aquelas conversas monótonas na hora do café...Solidão...


Tirou um cigarro do maço, como poderia gostar daquilo? Não sabia. Deve ser genético - concluia ele enquanto riscava um fósforo. Na beira de sua janela ele conseguia ver a Avenida Paulista.


Aproximou-se do parapeito e deu a primeira tragada. Como era boa essa merda! O mundo parava naqueles milésimos de segundo em que a fumaça entrava em seus pulmões. Os rápidos faróis ficavam imóveis. Naquele instante, para ele, o coração da cidade de São Paulo parava.


Soltou a fumaça e em seguida tudo voltou a sua pulsação rotineira, jovens estudantes atravessavam as ruas em busca do melhor bar para tomar umas e conhecer alguém. Trabalhadores ainda estavam na rua. Onde estariam suas famílias? Por que não estavam em casa?


Um vento frio cortou-lhe o rosto, fazendo seus olhos lacrimejarem.


Pensou na sua família. Lembrou da ultima vez que vira seu pai. Foi um almoço comum, em um dia comum, em uma semana comum. Tinha passado os ultimas dias com pouquíssimas traduções, mas tudo tinha mudado, naquela manhã, recebera muitas requisições de seus serviços, agora teria que ralar. Depois de se despedir do velho, ele voltara para casa. Tinha muito o que fazer. Muito trabalho e pouco saco. Tudo se tornou tão maçante, reclamava.
Logo que voltou para casa,tocou o telefone, e mesmo não reconhecendo o número, atendeu. A voz era de um homem. Ele dizia coisas absurdas, coisas inacreditáveis! Como? Seu pai estava morto?
Segundo o homem, seu pai estava atravessando a rua, quando uma Parati acertou-o em cheio. Ao ser socorrido, já não havia nada a fazer. Aquele homem estava morto.


Já fazia uma semana. Agora as lágrimas que escorriam em sua fase não eram mais causadas pelo vento. E, com raiva, deu uma profunda tragada no cigarro....




Gente, eu sei que isso vai estragar o clima dessa história, mas eu queria muito agradecer a força de todo mundo! Foi uma ótima estréia! Quero ver vcs aguentando esses contos...hehehe

Fui! Tenho um trabalho de psicologia para apresentar amanhã!

CONTINUA...

12 comentários:

Unknown disse...

Realmente o seu desespero pelo fato de ter que apresentar um trabalho de psico quebrou o clima...rsrsrs...mas o conto ficou ótimo! Serei frequentadora assídua do seu blog...rsrsrs

Bjuuuuuuuuuuuuuuuuuuu

Unknown disse...

Grande coisa q vc tinha um trabalho de psicologia pra apresentar.... Revoltante o fato que voce me deixou curiosa!!!!

Mas começou mto bem... vou te contratar como roteirista!!! Vamos fazer uma parceria... vc escreve e eu filmo!!!! uahahuahua... Bjao

Anônimo disse...

poxa p.o, eu estava achando tão interessante o seu conto, mas de repente...trabalho de psico!!! =/
sugiro q vc continue o q começou!! hehehe
mto bom o seu blog, viu.

bjos*

Anônimo disse...

Nossa, todo mundo reclamando do trab de psico.. hahahahha

Mas continua SINISTRO! ahahhaha Adoro !!! Vc tem um estilo parecido com o meu.. Ainda tenho que te mandar a minha história tb... hahahaha Um dia vc a receberá por malote,

Beijão!

Unknown disse...

Anotaram a maldita placa da Parati ¬¬'?!

Poxa, PO, o conto tava muito bom e vocÊ me deixou curiosa! Coisa triste =O
Muito bom este blog ein!

Parabéns (tanto pelo blog como pelo trabalho de psicologia)
Beijos e...vocÊ está enrolando com este basquete! Bru, ele está com medinho, viu!!

Carlos "BlanchwOOd" disse...

Hehehe, ótimo texto, quero ver a continuação já...

OBS: ele não vai se jogar do parapeito não né? ¢¬¬

Anônimo disse...

Pedro,
Você está escrevendo muito bem... Suas histórias tem sempre um suspense intrigante e você nos deixa com vontade de saber o que vem depois... Não é por ser sua mãe, mas acho que você tem futuro...
Parbéns! Beijos!! Mamãe!!!

Ericka Rocha disse...

Agressividade nos txts e personagens SEMPRE fumantes!
Teu txt tah mto melhor! Jah disse!
7 comentários?
Um recorde!
Te adicionei nos meus favoritos xuxu!

Bjus!
Saudades!

=]

Anônimo disse...

pedroca, gostei ateh vio! historia boa, curiosa com o final...

e o trabalho de psicologia, deu certo pelo menos???

beijaooo irmao

Anônimo disse...

E eu achando que o fulano ia se jogar djow. To aguardando o outro episódio.
E se mandar spam pra mim de novo, eu te denuncio mano
huauhauhuhauauha

Anônimo disse...

Porque a primeira letra do nome nao sai em maiuscula no blogger?
fui

Paula Miguel disse...

...
ENtão! Nunca te imaginei escrevendo narrativas (que não jornalísticas, veja bem), mas tá óóóóteeeemo!
Acho que vc passou o seu link pra galera toda, né?
Pq me esqueceu nos emailsss? =/

SAUDAAAAADES das conversas bêbada no msn! ahauhuahuaha

Boa sorte aeee...vo te add!
Beijão da Lette! =]